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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Crise epiléptica

Uma crise epiléptica é a manifestação de um distúrbio cerebral subjacente e deve ser avaliada considerando-se, além de suas características semiológicas, outros fatores como idade do paciente quando de sua ocorrência, dados do exame físico, padrões eletrencefalográficos e resultados de estudos de imagem. Essas informações devem ser reunidas para possibilitar o diagnóstico sindrômico, fundamental para a determinação do prognóstico, bem como para orientar a necessidade de outros procedimentos diagnósticos e a programação terapêutica. O conhecimento da síndrome epiléptica permite ao clínico formular uma hipótese racional sobre a necessidade do tratamento com medicação antiepiléptica e se assim for, qual delas deve ser escolhida. Portanto, o primeiro passo na avaliação da doença de uma pessoa com crises epilépticas, é a classificação do(s) tipo(s) de crise(s) e em seguida, a classificação sindrômica.

Crise epiléptica é definida como a manifestação excessiva e/ou hipersíncrona resultante da atividade epiléptica, usualmente autolimitada de neurônios cerebrais. Quando estas não apresentam curso autolimitado são denominadas crises contínuas e configuram o quadro de status epilepticus. Status epilepticus é definido como uma crise duradoura, que não mostra sinais clínicos de interrupção após o tempo habitual da maioria das crises daquele tipo na maioria dos pacientes, ou ainda a ocorrência de crises recorrentes sem que a função do sistema nervoso central retorne ao período interictal.
As crises epilépticas cursam com graus diferentes de envolvimento muscular. O evento motor consiste de um aumento ou diminuição da contração muscular, o que define um fenômeno positivo e negativo, respectivamente. O aumento da contração muscular pode ser do tipo tônico (significando contração muscular mantida com duração de poucos segundos a minutos), clônico (no qual cada contração muscular é seguida de relaxamento, originando abalos musculares sucessivos) ou mioclônico (contrações musculares muito breves, semelhantes a choques).
Diminuição da contração muscular caracteriza as mioclonias negativas e as crises atônicas.
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