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terça-feira, 5 de junho de 2012

Epilepsia e gravidez

A epilepsia representa a patologia neurológica mais comum durante a gravidez, com uma incidência de aproximadamente 1 caso em cada 200 grávidas).
Na maioria dos casos a gravidez decorre sem complicações, mas o risco obstétrico bem como as complicações neonatais estão aumentados (4 a 8%) em comparação com a população em geral (2 a 4%). Torna-se necessário que na mulher epiléptica a gravidez seja cuidadosamente planeada e vigiada a fim de minimizar os riscos maternos e fetais.
Os fármacos utilizados para o controlo da doença estão associados a um risco duas a três vezes maior de anomalias congénitas major, principalmente defeitos cardíacos e fendas labial e do palato (fenitoína, fenobarbital e pirimidona), defeitos do tubo neural (carbamazepina, valproato de sódio), anomalias do aparelho urinário, e síndromes de dismorfismo e atraso mental. A taxa de malformações com o uso do valproato (3,8%) é superior à da carbamazepina (1%). As malformações resultam da exposição aos fármacos durante o primeiro trimestre, enquanto que a exposição no último trimestre parece associar-se a atraso no desenvolvimento cognitivo. Um fármaco mais recente - lamotrigine - parece ser seguro na gravidez e nos estudos efectuados tem apresentado uma taxa de malformações baixa (aproximadamente 2%). No entanto, o número de casos de grávidas utilizadoras deste fármaco ainda é muito pequeno, pelo que são necessários estudos prospectivos mais alargados para obter dados estatísticos mais consistentes. Os registos do Reino Unido que incluem 1534 grávidas até Maio de 2003 revelaram uma taxa de malformações de 2,3% para a carbamazepina, 8% para o valproato e 2,1% para a lamotrigine. Outros fármacos têm sido usados, como a oxcarbazepina, zonisamida, topiramato, tiagabina e levetiracetam mas as séries incluem um número muito baixo de casos o que impossibilita a obtenção de dados estatísticos. No entanto, 75% dos doentes epilépticos da Dinamarca utilizam estes novos fármacos e consequentemente as mulheres em idade reprodutora.
Nestas a oxacarbamazepina e a lamotrigine têm sido os fármacos de eleição.
Outros factores de risco incluem uma dose diária elevada, a politerapia e um número frequente de crises.
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